Festival Gastronômico de Monte Verde e a receita que preparei...
>> quinta-feira, 14 de abril de 2016
Quem me segue no Facebook sabe que dia 12 eu estaria em Monte Verde para ministrar um workshop...
Workshop que dei no Festival Gastronômico de Monte Verde de 2016, que tinha como tema a Culinária Mineira.
O prato que ensinei e servi foi o Arroz de Costelinha cozido no caldo de feijão preto com tropeiro de feijão preto e um caldinho caipira bem picante. Já ensinei esse prato aqui, lembram?
Foi um prazer e uma honra participar de um Festival tão consagrado e poder mostrar meu trabalho ao lado de Chefs maravilhosos como Sonia Kohen , Elzinha Nunes, Breno Lerner, Mônica Rangel, André Leiras Prujansky e muitos outros...
Acabo de chegar em casa e ainda estou encantada de como fui bem recebida em todos os locais e do carinho das pessoas que participaram do workshop.
A turma que me assistiu é muito fofa... amei cada pessoa!!! Me deu até vontade de me mudar para Monte Verde.
Morar eu não sei, visitar é certeza!
Como me esqueci de levar a receita impressa, aqui está, nos mínimos detalhes.
Se alguém tiver dúvida é só avisar!
Obrigada pelo convite para participar do evento e obrigada a todos pelo carinho...
A culinária do Triângulo Mineiro
Arroz de costelinha cozido no caldo de feijão e tropeiro de
feijão preto
Por Kris Nardini
Para o arroz de costelinha
3 quilos de costelinha de porco magra e bem carnuda cortada
de osso em osso
2 colheres, das de sopa, de óleo
2 colheres, das de sobremesa de tempero mineiro caseiro
3 pimentas tipo bode, picadas
3 cebolas, bem picadas
2 litros e meio do caldo do cozimento do feijão preto
1 quilo e duzentos gramas de arroz agulhinha lavado,
escorrido e descansado por 30 minutos
Sal a gosto
Cheiro verde (salsinha e cebolinha) a gosto para decorar
Pimentas frescas para finalizar
Para o feijão
3 litros e meio de água
1 quilo e duzentos gramas de feijão preto lavado e escorrido
3 dentes de alho inteiros, sem as cascas
1 cebola pequena, inteira e sem a casca
2 folhas de louro
1 colher, das de sobremesa, de tempero mineiro caseiro ou
sal
1 pedaço de pele de bacon
Para o tropeiro
300g de bacon em cubos (use a pele no cozimento do feijão)
1 paio em cubos pequenos
400g de linguiça de pernil de boa qualidade, frita e em
rodelas
O feijão cozido e escorrido
2 colheres, das de sopa, de alho espremido
O óleo que usou para fritar o bacon
Farinha de mandioca tipo biju até dar o ponto (mais ou menos
250g)
Cheiro verde (salsinha e cebolinha) para finalizar
Banana da terra frita e ovos cozidos para decorar
Modo de fazer:
Forre o fundo de uma panela de fundo grosso com o óleo,
junte as costelinhas e salpique o tempero mineiro e as pimentas. Tampe a panela
e leve ao fogo até se formar uma borra da cor de coca cola no fundo da panela.
Não mexa a carne durante esse período, que pode levar até meia hora.
Assim que colocar a carne no fogo, lave bem o feijão e coloque em uma panela com água fervente. Junte a cebola, os alhos e as folhas de louro e o tempero e tampe a panela. Deixe a panela no fogo até os grãos ficarem macios. Pique todos os ingredientes do feijão tropeiro enquanto a carne e o feijão cozinham.
Assim que a carne dourar, e a borra se formar, mexa cuidadosamente e mantenha a carne no fogo até todos os pedaços ficarem dourados. Junte as cebolas picadas e abaixe o fogo. Cozinhe até a cebola murchar e quase derreter.
Assim que o feijão ficar macio, escorra o caldo e reserve, mantendo aquecido. Descarte as folhas de louro, os alhos e a cebola que cozinharam junto com o feijão e coloque os grãos em um tabuleiro, para sair todo calor e umidade.
Quando a cebola da costelinha derreter e estiver bem dourada, junte o caldo do cozimento do feijão à panela. Deixe cozinhar até a costelinha ficar macia.
Quando a costelinha estiver cozida, retire 500ml do caldo do cozimento e reserve para você fazer caldo caipira.
Em uma frigideira grande, frite os cubos de bacon, retire e
reserve. Faça o mesmo com a linguiça e o paio. Não descarte o óleo que se
soltou do bacon.
Coloque o arroz lavado, escorrido e descansado na panela com
costelinha e acrescente água, se necessário. O caldo deve cobrir e passar 3
dedos acima do arroz. Acerte o sal, tampe a panela e mantenha em fogo médio até
o caldo começar a secar, quando isso acontecer, abaixe o fogo para o mínimo.
Quando todas as carnes do tropeiro estiverem fritas e reservadas e o arroz estiver cozinhando junto com a costelinha, volte à frigideira onde fritou o bacon e as linguiças, junte o alho espremido a esse óleo do bacon e espere ele ficar da cor de palha. Junte o feijão bem escorrido e, de preferência frio, e mexa cuidadosamente, para os grãos não se partirem. Quando os grãos ficarem envoltos na gordura do bacon e o feijão começar a¨fritar¨, junte a farinha biju. Mexa cuidadosamente até a farinha ficar levemente crocante. Junte metade do bacon e das linguiças ao feijão, tempere com sal, pimenta bode bem picadinha e cheiro verde e mexa por mais 1 minuto. Desli ?gue o fogo, decore com o restante do bacon e das linguiças, com ovos cozidos, banana da terra frita e mais cheiro verde e não tampe a panela até a hora de servir.
Experimente o arroz e veja se está macio, mexa se necessário, e cozinhe por mais alguns minutos. O ideal é o arroz ficar ao dente e ainda bem úmido.
Para o caldinho
Pegue aquele caldinho do cozimento da costelinha que você reservou e junte o suco de 4 limões (eu prefiro o limão china (cravo) mas pode usar outro), pimenta ardida a gosto (usei 3 pimentas bode bem picadas), cebola roxa fatiada bem fininho e deixada de molho na água gelada por 3 minutos para tirar a acidez e ficar bem crocante, cheiro verde picado e tempero caseiro até o ponto que você gostar. Misture bem e sirva acompanhando o prato.
Desligue o fogo, decore com cheiro verde e pimentas e sirva junto com o feijão tropeiro.
Sirva, também, uma boa porção de
couve crua picada bem fininho para ninguém reclamar que o prato é muito pesado,
tá?
Dica da Kris:
Fazer seu tempero caseiro é fácil
e muito útil. Em um vidro bem fechado ele dura até duas semanas. E é um ótimo
presente para dar aos amigos! Coloque em um vidro bem bonito, decore com um
laço de tecido e leve o mimo ao seu amigo, tenho certeza que ele vai adorar.
Essa é a base para todos os outros temperos.
Para 1 k de sal eu processo:
1/2 maço de cheiro verde lavado e bem seco e picado
1 cebola média, em 4 partes
15 dentes grandes de alho
1 xícara, das de café, de óleo
Basta processar os temperos com o óleo e misturar ao sal.
Eu divido esse tempero base em 3 porções.
Deixo uma como está, uso pimentas na segunda porção e açafrão da terra em outra.
Às vezes, deixo uma quarta porção e coloco ervas desidratadas (alecrim, tomilho, sálvia).
Para 1 k de sal eu processo:
1/2 maço de cheiro verde lavado e bem seco e picado
1 cebola média, em 4 partes
15 dentes grandes de alho
1 xícara, das de café, de óleo
Basta processar os temperos com o óleo e misturar ao sal.
Eu divido esse tempero base em 3 porções.
Deixo uma como está, uso pimentas na segunda porção e açafrão da terra em outra.
Às vezes, deixo uma quarta porção e coloco ervas desidratadas (alecrim, tomilho, sálvia).
E aqui vai uma foto da turma maravilhosa!!!
Baião de dois
>> segunda-feira, 7 de março de 2016
Meus filhos estavam me pedindo a semana toda para fazer risotto de carne seca com cabotiá e couve frita no almoço de domingo mas, não ando numa vibe de risotto, sabe?
Acho que enjoei depois de fazer todas as variações possíveis de risotto!
Resolvi fazer o baião de dois, que leva quase os mesmos ingredientes e que eu amo!!!
Acho tão fácil fazer baião... tem gente que acha difícil, com muitos ingredientes... mas o fato é que suja só duas panelas (fato muito importante) e no domingo a gente não quer ficar lavando montes de panela, né? Na verdade não sou fã de lavar panela dia nenhum!!!
E eu tive ajuda!!! Meu neto lindo me pediu para aprender a cozinhar e picou todo o queijo pra mim! Fiquei toda derretida.... Ele foi impecável! Acho que leva jeito pra cozinha... Vou me empenhar em ensinar tudo pra ele!
E vou ensinar vocês, também!
Vamos aprender a fazer o baião de dois?
Essa receita serve entre 10 e 12 pessoas como prato principal.
1 quilo de carne seca de boa qualidade. Pelo amor de Deus não comprem aquelas carnes de pacotinho, embaladas a vácuo. Só vem gorduras, nervos e pouca carne.
500g de feijão fradinho ou de corda
700g de arroz agulhinha lavado e descansado
400g de queijo coalho, em cubinhos
600g de abóbora cabotiá ( a japonesa, da casca verde), sem a casca, em cubinhos
2 cebolas roxas bem picadinhas
alho amassado , o quanto você goste
manteiga de garrafa ou manteiga normal com azeite
sal, pimenta e coentro a gosto
Cebolinha picada
Corte a carne seca em cubos médios e lave bem. Coloque na panela de pressão e cubra com água fria. Leve ao fogo até ferver. Retire a carne, descarte a água, enxague rapidamente a panela (o sal da carne desce e fia no fundo da panela, fazendo assim a carne vai dessalgar mais fácil).Coloque a carne de volta na panela e leve ao fogo novamente até ferver. Repita todo o processo por 3 vezes. Na quarta vez, cubra a carne com 3 litros de água, tampe a panela e cozinhe por 40 minutos ou até a carne ficar macia.
Enquanto a carne dessalga, pique todos os ingredientes.
Assim que a carne estiver macia, retire da água e reserve.
Coloque o feijão fradinho lavado dentro da panela de pressão com a água do cozimento da carne e cozinhe até o feijão ficar ao dente. O meu levou 12 minutos. Se for feijão de corda não coloque a tampa, cozinhe sem a pressão, até ficar ao dente.
Desfie a carne grosseiramente enquanto o feijão cozinha.
Assim que o feijão cozinhar, escorra e reserve o caldo.
Refogue alho e cebola e junte o arroz lavado e escorrido. Cubra o arroz com o caldo do cozimento da carne e do feijão, reservando uma xícara do caldo para finalizar o prato. Acerte o sal e cozinhe até o arroz ficar ao dente e bem soltinho. (eu faço isso na própria panela que cozinhei o feijão, mas NÃO USO a pressão)
Enquanto o arroz cozinha, em uma panela larga e rasa, coloque uma boa porção de manteiga de garrafa (ou manteiga comum mais um pouco de azeite para a manteiga não espumar e queimar) e junte os cubinhos de queijo coalho. Mexa delicadamente para que todos os cubinhos fiquem dourados. Retire e reserve.
Coloque o cabotiá na mesma panela, polvilhe sal e pimenta e mexa até ele ficar levemente macio. Se necessário, pingue água. Retire e reserve.
Coloque um pouco mais de manteiga na panela e junte a cebola roxa e, logo em seguida, o alho amassado. Espere a cebola murchar e junte a carne e 1 xícara do caldo reservado (se não colocar o caldo a carne resseca). Junte o feijão de corda, duas pimentas ardidas bem picadas e um punhado de cebolinha e coentro (se não gostar coloque salsinha) e acrescente o arroz. Misture cuidadosamente e acrescente o queijo e o cabotiá, deixando uma porção para decorar.
Decore com o queijo e o cabotiá reservados, cubra com mais cebolinha e coentro e sirva com vinagrete de coentro.
O vinagrete de coentro é fácil: basta picar tomate maduro, cebola roxa, pimenta, e cheiro verde, tudo bem pequenininho e temperar com limão china (cravo), bastante azeite e coentro picado, além de sal e pimenta.
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Purê rústico de abóbora
>> quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Quer um acompanhamento maravilhoso e com gosto de Bahia?
Então corre pra fazer esse puré de abóbora!
Ele é super nutritivo e saboroso... para servir com um peixinho grelhado ou moqueca, não tem nada melhor! E é de quinta, de tão fácil.
Lave muito bem uma abóbora cabotiá (ou outra, de sua preferência) e corte em 8 partes. Retire as sementes, coloque em uma panela, com cascas e tudo, e junte 1 copo de água, uma boa pitada de açúcar e 4 dentes de alho descascados. Tampe a panela e cozinhe até a abóbora ficar macia, quase desmanchando. A água vai praticamente secar, se necessário, pingue um pouco mais, para não queimar.
Quando a abóbora e os alhos estiverem desmanchando, termine de amassar com um garfo ou um amassador de batatas.
Com o fogo ainda aceso, regue com leite de coco até o purê ficar cremoso, porém ainda firme. Junte um bom fio de azeite de dendê, uma boa colherada de manteiga e tempere com sal a gosto.
De quinta, de tão fácil... e delicioso! Read more...
A piadina da Rita Lobo com abacate e ovo de 6 minutos
>> segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Eu confesso que tinha sérios problemas em usar abacates em receitas salgadas.
Não sei, cresci achando que abacate devia ser com leite e açúcar numa bela vitamina ou então em cubinhos, com açúcar e limão, naquele lanche da tarde que as avós faziam para dar "suantânça" (sic) nas crianças...
Quando me apaixonei por guacamole preferia não pensar que ele era feito com abacate...hahahaha Comia achando que era outra coisa....
Mas, outro dia o maridão ganhou um saco enorme de abacates do tipo manteiga de um amigo e calhou de ser no dia que eu estava fazendo a maravilhosa piadina da Rita Lobo para o lanche.
Resolvi juntar a piadina, o abacate e ovo de gema mole e descobri que não não vivo mais sem essa combinação! Com um bom fio de azeite e sal e pimenta moídos na hora, é a mais pura perdição!
Se você é como eu, e tem preconceitos com alguns ingredientes, tente se abrir para novos horizontes... Experimente. (Essa dica só não vale para uva passas. Elas não são de Deus!)
A piadina é receita da Rita Lobo e eu tirei do site dela, que eu amo! Abaixo eu posto a receita para vocês verem como é fácil.
"Piadina normal:
- 3 xícaras (chá) de farinha de trigo e mais um pouco para enfarinhar a mesa
- 1 ½ colher (chá) de sal
- 1 colher (chá) de fermento em pó
- 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 1 xícara (chá) de leite
Em uma tigela grande, junte a farinha, o sal e o fermento. Misture e abra um buraco no centro. Coloque o azeite bem no meio e vá esfregando a farinha com os dedos para misturar. Junte o leite em duas etapas e, com as mãos, misture bem, até formar uma bola. Transfira a massa para uma superfície de trabalho enfarinhada e trabalhe a massa por três minutos, no máximo. Enrole a massa para formar uma cobra e divida em seis pedaços iguais. Se não quiser fazer todos os pedaços, congele a massa restante, antes de abrir, já em porções embrulhadas em filme. Cubra a massa que será usada com um pano de prato úmido. Mas atenção, o pano não pode estar molhado. Coloque uma frigideira antiaderente, ou chapa grande de ferro, para aquecer em fogo alto. Abra um pedaço de massa com rolo de macarrão ou com uma garrafa de vinho, até ficar com cerca de 20 centímetros de diâmetro. Quando a frigideira estiver bem quente, coloque o disco e faça vários furos com um garfo - assim que o fundo começar a ficar com pintinhas escuras, após cerca de dois minutos, vire e deixe cozinhar por mais dois minutos, furando com o garfo. Transfira para um prato e cubra com um pano de prato limpo, apenas para não esfriar, enquanto você faz as outras. Rita Lobo ensina como preparar azeite aromatizado. Para variar os sabores, use também outros ingredientes, como com pimenta dedo-de-moça, alecrim, manjericão e outras ervas. A receita rende 250 mililitros de azeite e o tempo de preparo é de 15 minutos."
O ovo de 6 minutos é isso: um ovo cozido por 6 minutos.
Ferva a água e coloque uma pitada de sal. Coloque o ovo, que deve estar em temperatura ambiente, na água fervente e conte 6 minutos. Desligue o fogo, escorra a água fervente e mergulhe o ovo em água fria. Descasque e use como preferir... Só com sal, pimenta e azeite já é maravilhoso!!!
Para montar a piadina é só colocar fatias de abacate, o ovos picados, temperar com sal e pimenta moídos na hora e regar com azeite.
A salsinha foi só para fazer boniteza para a foto! Mas você pode colocar salsinha ou coentro que combinam super bem!
Faça.... e venha me agradecer!:)
Ah! E no link da Rita tem a receita integral, se você faz a linha saudável!
PS. Estou enferrujada e não tô sabendo direito como lidar com o Blogger... então desculpem essas linhas no texto. Não tenho a mínima ideia de como elas foram parar aí ou como tirar elas daí... hahahahaha Se alguém souber tirar, por favor me ajude!!!
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