Panelas de cobre são proibidas em Minas Gerais
>> terça-feira, 24 de agosto de 2010
Ó o meu amado tacho de cobre lá no fundo!!!
Me dá uma pintada porque eu tô bege!!!
A Gleici, leitora e amiga, acaba de enviar essa notícia divulgada no Rainhas do Lar de hoje e eu tô chocada. Por sugestão da Gleici resolvi falar sobre o ocorrido!
Tomei a liberdade de copiar aqui pra vocês o post da Faby, para mostrar o motivo da minha indignação!
Todos nós sabemos que o cobre faz mal a saúde mas, sabemos também dos cuidados que devemos ter com os tachos e panelas para que o cobre não seja liberado durante o cozimento.
Não concordo em proibir o uso. Acho que o correto seria fazer uma cartilha ensinando a maneira correta de lidar com esse tipo de material e cobrar esses cuidados.
Me dá uma pintada porque eu tô bege!!!
A Gleici, leitora e amiga, acaba de enviar essa notícia divulgada no Rainhas do Lar de hoje e eu tô chocada. Por sugestão da Gleici resolvi falar sobre o ocorrido!
Tomei a liberdade de copiar aqui pra vocês o post da Faby, para mostrar o motivo da minha indignação!
Todos nós sabemos que o cobre faz mal a saúde mas, sabemos também dos cuidados que devemos ter com os tachos e panelas para que o cobre não seja liberado durante o cozimento.
Não concordo em proibir o uso. Acho que o correto seria fazer uma cartilha ensinando a maneira correta de lidar com esse tipo de material e cobrar esses cuidados.
No blog Panela de Cobre, do meu amigo Daniel, você vai encontrar todos os cuidados necessários que devemos ter com uma panela de cobre. Ele, realmente, entende do assunto.
A única coisa que posso dizer é que não vou deixar de usar minhas panelas de cobre para preparar meus doces, minhas geléias e a polenta mais deliciosa do mundo só por causa dessa nova lei.
Leia aqui a matéria do Estado de Minas que foi pulicada no Rainhas do Lar, pela Faby.
"Minas proíbe uso de panelas de cobre
Luciane Evans - Estado de Minas
O verde vivo do figo em calda, a liga cremosa do doce de leite, a goiabada na consistência perfeita e a rapa de tudo isso no fundo de um tacho de cobre correm o risco de se tornar meras lembranças em Minas Gerais, para desespero dos amantes dos famosos quitutes mineiros. A Vigilância Sanitária Estadual, com base em resolução de 2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu o uso de utensílios de cobre na produção alimentícia, sob argumento de que a absorção excessiva do metal provoca desordens neurológicas e psiquiátricas, danos ao fígado, rins, nervos e ossos, além da perda de glóbulos vermelhos. A decisão que pode significar o fim dos doces feitos no popular tacho representa tristeza para doceiras e admiradores da culinária tradicional.
Pelas muitas Minas Gerais, são diversas as panelas que mesclam heranças gastronômicas e culturais de brancos, negros, índios, mulatos e caboclos. Mas o tacho de cobre é unanimida em cada canto do estado. Por isso, a proibição já causa mal estar entre cozinheiros e apaixonados pela boa mesa. Nas próximas semanas, a Secretaria de Estado de Saúde promete orientar as donas de casa sobre a recomendação da Anvisa, por meio de cartilhas.
Mas, antes mesmo do aviso oficial, a amarga notícia já chegou às cozinhas das doceiras. Elas juram que o tacho, além de bom companheiro para as prosas na cozinha, não faz mal a ninguém, principalmente quando bem higienizado. “Meu avô morreu com quase 90 anos e nunca deixou de fazer iguarias nesse utensílio”, comenta Maria Ecília de Jesus, de 55. Doceira em Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, ela conta com orgulho que sempre sonhou em ter sua própria panela. “Pedia emprestado. Mas, há um ano, decidi ir ao Mercado Central de BH e comprar um tacho só para mim. É bom demais. O gosto dos quitutes fica melhor”, garante.
Revoltada com a proibição, Nelsa Trombino, dona do restaurante mineiro Xapuri, na Região da Pampulha, não mede críticas. “Estão querendo acabar com a tradição de Minas. Isso é uma cultura nossa”, reclama, contando que há mais de 50 anos usa o tacho na cozinha. “Mantemos sempre a limpeza dele. Isso é um absurdo. Sou a primeira a fazer guerra contra essa proibição.”
Segundo a coordenadora de Registro e Cadastro de Alimentos da Saúde estadual, Joana Dalva de Miranda, a normatização da Anvisa tem sido aplicada sobretudo às empresas. “Já conseguimos retirar os tachos de cobre das indústrias, provando para eles que o que deixa a cor mais verde do doce de figo, por exemplo, não é o tacho de cobre, mas o tratamento do fruto. A lei vale para todos. Já orientamos as vigilâncias sanitárias dos municípios mineiros no sentido de barrar qualquer expositor de uma feira que tenha produzido doces no tacho”, diz, reconhecendo que é impossível fiscalizar as residências. “Por isso, nas próximas semanas vamos tentar orientar as donas de casa sobre essa recomendação, que vale não só para tachos, mas colheres, revestimentos e outros utensílios.”
Amante da gastronomia mineira e apaixonada pelas panelas de Minas, a francesa Elisabeth Bufet esteve ontem no Mercado Central, no Centro de BH, pela primeira vez. Levada pela amiga, a guia turística Ana Maria Ferreira, Elizabeth não acreditou que o tacho está proibido em Minas. “Na França, os grandes chefes de cozinha usam os caldeirões de cobre para cozinhar. Lá também é tradição Eu mesma faço doces nele”, conta. Ana Maria Ferreira também considera a decisão uma afronta às tradições.
A polêmica se espalhou pelos corredores do Mercado Central, onde há dezenas de lojas que vendem o utensílio. “É a peça mais procurada. A gente fica triste nem é pela venda, mas pelo fim da tradição”, comentou Antonieta Carvalho, dona de três lojas que vendem material de cozinha e adornos no mercado.
Descrença
Gema Galgani Braga, de 76 anos, de Santa Luzia, faz doces há mais de 60 anos. Quando começou, sua mãe, Joana Batista Silvestre, e sua irmã Piedade Margarida, de 88, conhecida como Quetita, já usavam o vasilhame de cobre. “Não sei usar outro tipo de tacho. E também não sei de uma única pessoa que tenha comido dos meus doces e tenha tido uma dor de barriga”, brinca.
A decisão da Vigilância Sanitária a deixou indignada. “O que as autoridades têm que fazer é ensinar a usar direito o tacho, a limpá-lo bem para não deixar dar o azinhavre (substância esverdeada, resultado da oxidação do metal), que é perigoso e venenoso. É preciso arear todos os dias e enxugar com pano seco, no calor do fogo. Tacho é tradição nas cozinhas e ela não pode ser quebrada”, decreta a doceira, famosa pelas balas delícias, canudinhos de doce de leite, doces de frutas, cocadas, entre outros. “Se proibirem os tachos, o que será de nós, doceiras? Virar o tacho de cabeça para baixo e ficar na porta de casa sem ter o que fazer?”, pergunta.
Fonte: Estado de Minas "
A única coisa que posso dizer é que não vou deixar de usar minhas panelas de cobre para preparar meus doces, minhas geléias e a polenta mais deliciosa do mundo só por causa dessa nova lei.
Leia aqui a matéria do Estado de Minas que foi pulicada no Rainhas do Lar, pela Faby.
"Minas proíbe uso de panelas de cobre
Luciane Evans - Estado de Minas
O verde vivo do figo em calda, a liga cremosa do doce de leite, a goiabada na consistência perfeita e a rapa de tudo isso no fundo de um tacho de cobre correm o risco de se tornar meras lembranças em Minas Gerais, para desespero dos amantes dos famosos quitutes mineiros. A Vigilância Sanitária Estadual, com base em resolução de 2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu o uso de utensílios de cobre na produção alimentícia, sob argumento de que a absorção excessiva do metal provoca desordens neurológicas e psiquiátricas, danos ao fígado, rins, nervos e ossos, além da perda de glóbulos vermelhos. A decisão que pode significar o fim dos doces feitos no popular tacho representa tristeza para doceiras e admiradores da culinária tradicional.
Pelas muitas Minas Gerais, são diversas as panelas que mesclam heranças gastronômicas e culturais de brancos, negros, índios, mulatos e caboclos. Mas o tacho de cobre é unanimida em cada canto do estado. Por isso, a proibição já causa mal estar entre cozinheiros e apaixonados pela boa mesa. Nas próximas semanas, a Secretaria de Estado de Saúde promete orientar as donas de casa sobre a recomendação da Anvisa, por meio de cartilhas.
Mas, antes mesmo do aviso oficial, a amarga notícia já chegou às cozinhas das doceiras. Elas juram que o tacho, além de bom companheiro para as prosas na cozinha, não faz mal a ninguém, principalmente quando bem higienizado. “Meu avô morreu com quase 90 anos e nunca deixou de fazer iguarias nesse utensílio”, comenta Maria Ecília de Jesus, de 55. Doceira em Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, ela conta com orgulho que sempre sonhou em ter sua própria panela. “Pedia emprestado. Mas, há um ano, decidi ir ao Mercado Central de BH e comprar um tacho só para mim. É bom demais. O gosto dos quitutes fica melhor”, garante.
Revoltada com a proibição, Nelsa Trombino, dona do restaurante mineiro Xapuri, na Região da Pampulha, não mede críticas. “Estão querendo acabar com a tradição de Minas. Isso é uma cultura nossa”, reclama, contando que há mais de 50 anos usa o tacho na cozinha. “Mantemos sempre a limpeza dele. Isso é um absurdo. Sou a primeira a fazer guerra contra essa proibição.”
Segundo a coordenadora de Registro e Cadastro de Alimentos da Saúde estadual, Joana Dalva de Miranda, a normatização da Anvisa tem sido aplicada sobretudo às empresas. “Já conseguimos retirar os tachos de cobre das indústrias, provando para eles que o que deixa a cor mais verde do doce de figo, por exemplo, não é o tacho de cobre, mas o tratamento do fruto. A lei vale para todos. Já orientamos as vigilâncias sanitárias dos municípios mineiros no sentido de barrar qualquer expositor de uma feira que tenha produzido doces no tacho”, diz, reconhecendo que é impossível fiscalizar as residências. “Por isso, nas próximas semanas vamos tentar orientar as donas de casa sobre essa recomendação, que vale não só para tachos, mas colheres, revestimentos e outros utensílios.”
Amante da gastronomia mineira e apaixonada pelas panelas de Minas, a francesa Elisabeth Bufet esteve ontem no Mercado Central, no Centro de BH, pela primeira vez. Levada pela amiga, a guia turística Ana Maria Ferreira, Elizabeth não acreditou que o tacho está proibido em Minas. “Na França, os grandes chefes de cozinha usam os caldeirões de cobre para cozinhar. Lá também é tradição Eu mesma faço doces nele”, conta. Ana Maria Ferreira também considera a decisão uma afronta às tradições.
A polêmica se espalhou pelos corredores do Mercado Central, onde há dezenas de lojas que vendem o utensílio. “É a peça mais procurada. A gente fica triste nem é pela venda, mas pelo fim da tradição”, comentou Antonieta Carvalho, dona de três lojas que vendem material de cozinha e adornos no mercado.
Descrença
Gema Galgani Braga, de 76 anos, de Santa Luzia, faz doces há mais de 60 anos. Quando começou, sua mãe, Joana Batista Silvestre, e sua irmã Piedade Margarida, de 88, conhecida como Quetita, já usavam o vasilhame de cobre. “Não sei usar outro tipo de tacho. E também não sei de uma única pessoa que tenha comido dos meus doces e tenha tido uma dor de barriga”, brinca.
A decisão da Vigilância Sanitária a deixou indignada. “O que as autoridades têm que fazer é ensinar a usar direito o tacho, a limpá-lo bem para não deixar dar o azinhavre (substância esverdeada, resultado da oxidação do metal), que é perigoso e venenoso. É preciso arear todos os dias e enxugar com pano seco, no calor do fogo. Tacho é tradição nas cozinhas e ela não pode ser quebrada”, decreta a doceira, famosa pelas balas delícias, canudinhos de doce de leite, doces de frutas, cocadas, entre outros. “Se proibirem os tachos, o que será de nós, doceiras? Virar o tacho de cabeça para baixo e ficar na porta de casa sem ter o que fazer?”, pergunta.
Fonte: Estado de Minas "
8 comentários:
Pois é amiga, eu nem tenho uma pra dizer mas sempre tive muita vontade de comprar a minha e agora com essa lei???? Será que essa proibição será só ai em Minas??? Acho que vou correr pra comprar a minha antes que essa lei se propague. Gostaria de saber quais os cuidados que devemos ter para a utilização dela amiga?
Faço "cozinhaterapia" de fim de semana adoro panelas e temperos. Inventar em alquimia de gostos e aromas. Adorei seu blog - Coloco link no meu Mineira Pasárgada http://cerradodeminas.blogspot.com/
Parabéns pelo capricho
Ai ai ai....Uma das coisas que me fazem torcer pra voltar a BH, é para comprar as bonitas.... E agora???
aaffff...
Como a Gleici, gostaria de saber quais são todos os cuidados...pois os que sei são bem rotineiros...
bjim
Janaína
http://janainamechi.blogspot.com/
Gleici e Jana, coloquei agora o link de um blog ótimo para tirarmos todas as dúvidas sobre a manutenção das panelas de cobre na postagem mas posto aqui também:
http://paneladecobre.blogspot.com/2008/02/panelas-de-cobre.html
Eu também uso pasta de limão e sal, assim como o Dani.
Um beijão procês!
William, é muito bom te ter por aqui!Bem-vindo!
Esse blog é a minha maior terapia, além da cozinhaterapia...hahahaha
Já estou indo lá visitar o seu blog!
Grande beijo
É acho que o jeito é resar! O que mais podem proibir?
Eu tb não deixarei de usar meus tachos de jeito nenhum. Aquele doce de leite cremoso e branquinho... hum !
Serei literalmente um fora da lei.
Sou usuário!
Pega até mal falar assim, mas sou mesmo.
Os taxos de cobre estão em nossa história de mineiros do interior.
Kris, fica aqui meu grito de protesto.
CONTINUAREI SENDO USUÁRIO!
DE MINHAS PANELAS E TAXOS DE COBRE.
Opis: Será que dá cadeia?
Tô com medo agora de proibirem a alface.
Coitada da plantinha é arrancada com a raiz para que possamos saborea-la.
Ridículo!
Quantod casos de intoxicação por cobre devem ter registrado na secretaria estadual de saúde.
Deve ser Milhões!
Klauss, se der cadeia acho que o marido vai ter que ir levar cigarro e cerveja pra mim lá na penitenciária...hahahahaha
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